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Sabemos que os meios de comunicação, como extensão de um instrumento de criação de valores e dominação ideológica, têm preferências políticas e interesses econômicos, muitas vezes divergentes de determinados grupos políticos. A postura desses veículos, ao fazerem cobertura jornalística enviesada, e que se enquadram dentro de seu escopo de interesses, desperta antipatia de seguimentos da sociedade contrários ao tipo de cobertura jornalística dispensada, muitas vezes da realidade dos fatos.
Não justifica a violência contra os trabalhadores, por posturas questionáveis por parte da direção das empresas de Rádio e TV. Os trabalhadores tão somente seguem ordens profissionais de desempenharem suas funções, portanto, estão alheios ao direcionamento que o jornalismo de cada emissora opta.
É necessário que as lideranças desses grupos políticos orientem sua militância a não atacarem os trabalhadores, que estão apenas no seu exercício profissional.
A diretoria do Sindicato dos Radialistas no estado de São Paulo repudia a violência praticada contra os radialistas no último final de semana. É imperativo afirmar que a violência contra os profissionais não contribui para mudança do tipo de cobertura que as emissora praticam. Primeiro porque a direção das empresas de Rádio e TV não enxergam os trabalhadores com o devido valor a ponto de não fornecerem materiais de proteção e, segundo, que a luta pela regulação da mídia e pela democratização dos meios de comunicação é uma luta travada com o compromisso de respeito e valorização desses profissionais.
Diretoria do Sindicato dos Radialistas no estado de São Paulo.