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Por Vivian Fernandes
A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aplica ainda multa diária de R$ 50 mil aos sindicatos, caso a ordem não seja cumprida. Os técnico-administrativos estão em greve desde o dia 06 de junho. O movimento é coordenado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra).
A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o STJ no mês de julho pedindo que a greve fosse declarada ilegal. Para a União, a paralisação impediria o direito ao ensino público gratuito, comprometeria as pesquisas e o funcionamento dos hospitais universitários, além de prejudicar o desenvolvimento econômico e social do país.
A auxiliar de enfermagem e membro do Comando Nacional de Greve, Ivete Rodrigues Silva, explica que não há regulamentação sobre greves no funcionalismo federal e que a categoria vai questionar a decisão.
“Como cabe a defesa, nós temos como provar que não é a greve que atrapalha a questão da educação, assim como da saúde. A greve é mais um elemento, mas nós temos mazelas há anos”.
Os servidores pedem, entre outros pontos, reajuste salarial em três salários mínimos – o piso da categoria é R$ 1.034. Atualmente, a greve acontece em 37 universidades federais. O governo federal suspendeu as negociações após o início da greve, argumentando que só iria dialogar quando a paralisação terminasse.
Um acampamento dos grevistas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, tem início nesta terça-feira (9). O objetivo da mobilização é pressionar o governo para abertura das negociações.