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Em estado de greve, servidores municipais de São Paulo decidem nesta terça-feira (21), em assembleia, se paralisam as atividades. Apenas os trabalhadores do Serviço Funerário já estabeleceram que iniciam uma paralisação dos serviços, que começa às 6h desta terça.
Na última semana, representantes da Secretaria de Planejamento informaram aos representantes dos funcionários públicos o interesse em encaminhar projeto de lei à Câmara sobre a extensão da gratificação de atividade para os funcionários dos níveis médio e básico e a reposição dos dias parados. Porém, nenhuma proposta de reajuste foi apresentada.
As categorias do funcionalismo público paulistano pedem 39% de reajuste – que representa a reposição salarial de 2005 até 2011 – mudança na lei salarial, negociação da pauta de saúde, revisão dos planos de carreira e gratificações aos aposentados. Eles protestam há dois meses contra os reajustes anuais de 0,01% previstos pela legislação municipal.
Na visão do secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Município de São Paulo (Sindsep-SP), Vlamir Lima, a prefeitura mostra-se intransigente na negociação. “O movimento continua até que o aumento seja atendido. Vamos fazer assembleia para saber qual vai ser o andamento a partir de amanhã, provavelmente com mais manifestações. Vamos pressionar o governo a atender a questão do reajuste”, disse.
Um índice de reajuste menor está em discussão entre os sindicalistas. Por causa da falta de respostas, o Sindsep-SP estuda diminuir o percentual para índice de inflação dos últimos 12 meses. “O governo ficou de encaminhar os projetos para a Câmara, e, referente ao reajuste, só temos 0,01% e o governo continua resistente. A gente está pedindo 39% e não aceitam nenhum reajuste. Mas no mínimo a inflação (do ano), né?”, pontuou.
Greve no serviço funerário
Os trabalhadores do setor funerário entram em greve a partir das 6h desta terça. Proposta da prefeitura paulistana de estender gratificação e aumentar o piso mínimo da categoria de R$ 545 para R$ 630 foi considerada insuficiente pelos servidores, que seguirão à assembleia geral já em greve. Com o reajuste almejado de 39%, o piso da categoria ficaria em R$ 757.