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Foto: Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Edson da Silva
Por Daniele Silveira
Antes de sofrer o terceiro atentado, na última quarta-feira (3), o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Edson da Silva, já havia criado uma estratégia para fugir de possíveis criminosos. Em entrevista à Radioagência NP, ele relatou que nunca dorme no mesmo endereço. Na tentativa de homicídio mais recente, um carro parou em frente à casa que abrigava o militante, na cidade de Ceilândia (DF), e diversos tiros foram dados em direção ao local.
Silva considera que não é possível afirmar quem seriam os mandantes dos crimes, já que a atuação do Movimento tem embates com diversos setores. No entanto, ele não tem dúvidas da relação entre as tentativas de homicídio e os interesses imobiliários.
“E essa questão de especulação imobiliária, que tem muitos empresários gigantescos no DF, e o terreno no DF é muito caro, muito valorizado, e essa questão que nós enfrentamos o governo diretamente também. Recentemente nós colocamos no site do movimento uma denúncia que tinha uns caras da inteligência da Polícia Civil do governo seguindo meus passos e dos militantes”
De acordo com Silva, a polícia foi comunicada após o atentado e ao chegar ao local informou que nada poderia ser feito, nem mesmo o Boletim de Ocorrência (BO), devido à greve da Polícia Civil.
Na tentativa de homicídio mais grave sofrida, Silva foi abordado em sua casa por desconhecidos que dispararam 18 tiros contra ele. Um disparo pegou de raspão no peito e outro acertou o pé. Na época, ele conseguiu escapar e se esconder na casa vizinha.
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