SBT comemora 60 anos do programa Sílvio Santos àscustas da servidão de seus trabalhadores

Rola nos corredores da empresa, que o SBT irá fazer uma comemoração pelos 60 anos do
programa Sílvio Santos, mas os trabalhadores não tem o que comemorar.

Foram 60 anos de alegria para muita gente, mas para colocar para baixo seu maior patrimônio,
que são seus trabalhadores, o SBT não mede esforços. A duras penas, com suor, lágrimas, esforço e
dedicação, os trabalhadores fizeram daquela empresa raquítica e com pouco brilho, que era a TVS, no SBT
de hoje. Que já não tem tanto orgulho de quem a construiu, de quem a sustenta com seu trabalho. Quem só tem a
comemorar é a presidência da empresa e o Sílvio Santos, que deixou nas mãos de senhores feudais, a vida profissional de
quem faz a emissora ficar em pé.
No SBT os trabalhadores sofreram pressão para assinatura do banco de horas-extras, que exime a empresa de fazer o pagamento de quem é
convocado para fazê-las. Isso é assédio moral, puro. O dinheiro que ia para sustentar suas famílias, agora engordam números que a presidência

da empresa arrota nas estatísticas de faturamento, que só faz crescer. Mas as custas de quem? Do salário da presidência?

Dos gestores e supervisores? Não, claro que não. De quem trabalha além da carga horária contratual, também. Vale refeição, diárias de viagem,
reajuste de salário não integral… A lista só cresce quando se fala em má remuneração ou benefícios
insuficientes para o qual foram concedidos para os trabalhadores.

Na Record:
R$ 47,00 é o Vale refeição, por dia (26 dias R$ 1.222,00)
R$ 490,00 é o vale cesta básica
No SBT (comendo poeira, lá atrás)
R$ 25,03 Vale refeição, por dia (26 dias R$ 650,78)
R$ 141,00 vale cesta básica

Já apelidaram, nos corredores da empresa, que a hora-extra do SBT é a “hora escravocrata”. Seria uma
vergonha para Sílvio Santos que os trabalhadores que move a empresa estão adoecendo? Que as famílias de seus
trabalhadores não estão podendo ficar mais com seus pais e mães, porque a empresa os obriga a fazer a tal da hora
escravocrata?! Sim, aquela hora trabalhada, mas não remunerada.
A argumentação. Nojenta de gestores e supervisores, quando há reclamação da quantidade de horas
extras convocadas a fazer, é de que “a porta da rua é a serventia da casa”. Ou “que free-lancers e terceirizados a
empresa pode contratar para substitui-los”. Um tapa na cara do trabalhador. O 0800, criado no SBT para
reclamações e denúncias, não está servindo para nada. Talvez para enfeite demagógico na publicidade
interna da empresa, para dizer que levam a sério as denúncias de assédio moral por lá reclamadas. Já não
basta os salários, que não tiverem reajustes integrais? Já não basta os benefícios, que não conseguem
atender suficientemente sua finalidade devido a sua desvalorização?
Enquanto outras emissoras, no mínimo repõe suas perdas, no caso do SBT a
emissora de Sílvio Santos está dando mal exemplo de como valorizar seus
trabalhadores. Está na hora disso acabar, se não por liberalidade própria, por força da
organização dos trabalhadores. Não fique parado, vamos juntos mudar tudo isso, junto com o Sindicato.

Mas toda essa pouca vergonha
da direção do SBT, que se recusa
a assinar o Acordo Coletivo de
Trabalho individual, até hoje,
pode mudar se nos
organizarmos, JUNTOS com
SINDICATO.
Vem pra luta você também!

Leave a comment

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.