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A ministra do Planejamento, Mirian Belchior, anunciou nesta segunda-feira (3) que o governo Dilma manterá o salário mínimo em R$ 540. Esse valor foi fixado por meio de uma medida provisória, no último dia 30 de dezembro, pelo ex-presidente Lula. O reajuste de R$ 30 desagradou às centrais sindicais, que defendem o mínimo de R$ 580.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o novo piso é insuficiente para compensar as perdas geradas pela inflação. Para que isso ocorresse, o novo valor deveria ser de R$ 560.
Estima-se que cerca de 47 milhões de pessoas tenham rendimentos com base no salário mínimo. O atual valor injetará R$ 18 bilhões na economia. Em contrapartida, o governo terá uma arrecadação adicional de quase R$ 9 bilhões.
Conforme estabelece a Constituição, o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência. Segundo cálculos do Dieese, para suprir essas necessidades, o valor ideal do salário mínimo deveria ser reajustado para R$ 2.132 no final de 2010.