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Devido a inconstância em assumir, categoricamente uma proposta, que não retire direitos dos trabalhadores radialistas, a categoria presente na assembleia decidiu pela paralização dos trabalhos, para que os patrões de rádio e TV, através do sindicato patronal, apresente proposta alternativa a que vem teimando em querer enfiar na categoria.
É fato que o desgaste nas negociações começa a contaminar a categoria com sua disposição em somar forças, para que os patrões levem mais a sério o trabalho dos radialistas desenvolvido nas emissoras. Mesmo com o forte desemprego, é visível a insatisfação com os patrões, não só no local de trabalho, mas nas assembleias realizadas nesta campanha salarial.
E a categoria vem se posicionando desde os dias 18 e 19 de maio, num final de semana, quando os trabalhadores radialistas estiveram presentes na assembleia e votaram pelo estado de greve (um aviso aos patrões), para que estes olhassem com mais seriedade e compromisso com os radialistas que fazem o rádio e a TV acontecerem. Os patrões não avançaram quase nada como tentativa de fechar um posicionamento com os trabalhadores atráves de seu Sindicato. Muito pouco, para não dizer quase nada, em abdicar mão de serem irredutíveis no interesse nocivo a categoria, de retirar direitos dos radialistas, como condicionante para assinar a convenção coletiva da categoria.
Foto: Ronaldo Verneck Assembleia cheia, com radialistas do interior e da capital, presentes
Por isso neste último final de semana (08 e 09), radialistas no estado de São Paulo votaram pela Greve, que deverá se somar com a do restante dos trabalhadores do país, que fazem luta semelhante contra o atual governo, que tem mais interesse em atender os interesses de um setor da economia (bancos e investidores), do que contemplar com a garantia de uma previdência pública e justa para todos. A reforma da Previdência, anunciada pelo capitão Bolsonaro, atinge em cheio diversos direitos garantidos pela constituição brasileira.
Próximo passo
O Sindicato dos Radialistas tem monitorado setores de insatisfação em algumas empresas, que deverão usar a tática diversionista, visando a participação dos trabalhadores. As empresas tem histórico de obrigar os trabalhadores a dormirem nas emissoras, espalhar viaturas em estacionamentos pela cidade (para não ter de saírem com elas) ou mandar motoristas buscarem trabalhadores imprescindíveis para garantir transmissões ou gravações de matérias, mas é manjado. Sem falar que a rádio peão, da mesma forma que espalha boatos, sem fundamentos, garante, também, informações que podem ser a virada nesse processo de negociação.
Transportes (metroviários, motoristas, cobradores), motoristas de caminhões, centrais sindicais, partidos políticos e movimentos organizados irão fazer o país parar e as emissoras não poderão ficar de fora. Quem não se dispuser a fazer a luta neste dia 14 de junho, melhor é ficar em casa. No dia da greve geral o país irá parar contra a reforma da Previdência e, possivelmente, algumas emissoras de radiodifusão e TV irão fazer o mesmo, para pressionar os patrões a fazerem o que já deveriam ter feito desde o ano passado, que é atender as reivindicações da categoria dos radialistas. Os avisos de estado de greve já foram protocolados. Outros comunicados seguem, para garantir que o movimento esteja dentro da legalidade.
No local de trabalho
Para os trabalhadores mais organizados, informamos o telefone com ligação direta com a diretoria, para informar o processo de organização no local de trabalho nas emissoras. É ligar e informar, para apoio ou suporte do Sindicato, para garantir o desejo da maioria da empresa.
Não fique de fora, essa luta é de todos.
Comando de greve
Contato a partir do dia 14 de junho, às 5h00 da manhã
11 3145 9999 – ramal diretoria – Whatsapp – celular dos diretores do Sindicato dos Radialistas