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No vídeo, o secretário aparece com um envelope nas mãos encontrando o repórter Mário Cesar Carvalho. Dias depois, na segunda-feira 28, Carvalho publicaria uma reportagem denunciando esquema de venda de informações sigilosas da secretaria. O vendedor era Túlio Khan, chefe da Coordenadoria de Análise e Planejamento do orgão, que foi exonerado no mesmo dia. Parênteses: Khan foi conduzido à secretaria por Saulo de Castro Abreu Filho, homem de Alckmin, ainda no governo anterior do tucano. Antônio Ferreira Pinto, o atual secretário, é um dos poucos remanescentes da gestão de José Serra no governo do estado. Fecha parênteses.
Com a divulgação do vídeo, o secretário foi acusado nos bastidores de ter passado as informações que resultaram na queda de Khan. À Folha de S.Paulo, o Palácio dos Bandeirantes negou qualquer parentesco entre o governador e o radialista. João Alckmin, no entanto, aparecia em reportagens de 2007, quando foi vítima de um atentado, como “o primo de Geraldo Alckmin”. Por telefone, o radialista falou à CartaCapital:
O sr. é ou não parente do governador Geraldo Alckmin?
Infelizmente, sou primo dele. Mas não tenho relações com ele há muito tempo. Não me lembro da última vez em que falei com ele. Não tenho culpa de ser parente do “picolé”. Mas sou do ramo bom da família, do ramo de Minas Gerais. Nota da Redação: O “picolé” é uma referência a um dos apelidos do governador, picolé de chuchu.
O Palácio dos Bandeirantes negou o parentesco…
Então, você diga para o Geraldo deixar de ser cretino. Somos descendentes de João Capistrano Alckmin e de Edson Alckmin.
A Secretaria de Segurança Pública afirma que a divulgação do vídeo é um crime. O que o sr. tem a dizer?
Crime é o secretário ir encontrar um jornalista para repassar informações sobre um caso como esse.