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Em nota, o sindicato admite avanços com os reajustes do ano passado, a conquista de auxílio-alimentação no valor de R$ 304 mensais e a democratização da carreira, mas demonstra insatisfação com a promessa de retomar as conversas apenas mais adiante. O governo distrital argumenta que neste momento tem de cumprir uma série de exigências fiscais que lhe inviabilizam a liberação de novos recursos, argumentação que irritou os representantes dos docentes.
“Estivemos mais do que abertos ao diálogo e à busca de alternativas para evitar os prejuízos que advêm de uma paralisação da categoria. Mas o GDF não agiu da mesma forma e por isso terá que assumir a responsabilidade pela decretação da nossa greve”, diz o sindicato, em nota, acrescentando que se esperou 113 dias até uma reunião com o Executivo distrital e que esta conversa não foi considerada satisfatória.
Também em nota, a Secretaria de Educação afirmou reconhecer a luta dos professores pela valorização da carreira, mas cobrou “cautela” na apresentação das reivindicações a fim de não colocar em risco o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que poderia no futuro prejudicar o próprio pagamento dos docentes. “Assim contamos com o entendimento da categoria no sentido de que avalie este processo de negociação estabelecido com o GDF, para que o cumprimento dos compromissos assumidos se dê de forma madura e consciente das dificuldades momentâneas porque passa este Governo”, defende o Executivo.
O comunicado informa que os docentes receberam três reajustes de março de 2011 até agora, totalizando um ganho de 13,83%, além da promoção da melhoria das condições da carreira, com reforma de unidades de ensino, cursos de especialização e o respeito ao tempo para planejamento pedagógico.