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Movimentos dos servidores municipais de São Paulo amplia mobilização por melhores condições de trabalho (Foto: Divulgação)
Os servidores públicos municipais de São Paulo prometem paralisar as atividades nesta terça-feira (30) para pressionar a administração da capital. Eles querem que se amplie a proposta de reajuste salarial a trabalhadores da Educação e da Saúde e se estenda o aumento às demais categorias do funcionalismo.
As propostas foram de de 13,43% para a Educação e 11,23% para a Saúde. Os índices foram considerados insuficientes pelos trabalhadores, que pedem 39,7% de reajuste. O percentual reivindicado, segundo os trabalhadores, recupera ocorridas durante a gestão do atual prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM rumo ao PSD).
O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município (Sindsep) pediu à prefeitura que marcasse audiência antes que do início da greve, mas até a tarde desta segunda-feira (29) ainda não havia recebido respostas. Com isso, segundo a presidenta da entidade, Irene Batista de Paula, a paralisação por tempo indeterminado ganha mais força. As áreas de Saúde e Serviço Funerário devem ser as que terão mais grevistas, prevê o sindicato.
“Tendo em vista os movimentos que os trabalhadores têm feito junto aos sindicatos, a gente prevê uma mobilização bastante grande. Não dá para avaliar o quanto, porque é uma prefeitura muito diversificada”, pontuou Irene. Ela afirmou ainda que a adesão só não será maior pela pressão que os servidores encontram no ambiente de trabalho. “Eles (chefes e supervisores) intimidam e ameaçam os trabalhadores até de demissão”, criticou.
Em julho, os servidores funerários realizaram greve durante 24 horas suspendendo as atividades de sepultamento e de translado de corpos. A aposta é que, com uma nova paralisação, a prefeitura proponha um índice de reajuste melhor e o estenda para todas as categorias. Na ocasião, foram garantidas gratificações por atividade e o aumento do valor do piso dos funcionários do serviço funerário, de R$ 545 para R$ 630 por 40 horas semanais.
Um ato seguido de assembleia está programado para às 10h desta terça em frente ao prédio da prefeitura, no centro da capital. O andamento da greve dependerá de respostas da Secretaria de Planejamento e Gestão. As atividades devem ser paralisadas também nos Centros Educacionais Unificados (CEUs), além dos servidores de Zoonoses e Meio Ambiente. Os serviços essenciais serão garantidos em esquema de plantão, como nas unidades básicas de saúde.