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Por José Francisco Neto
A Polícia Militar ampliou a “Operação Saturação”, que tem o objetivo de prender assassinos de policiais, apreender drogas e conter a onda de violência nas periferias da Grande São Paulo. Nesta semana, as ações ocorrem nas favelas dos bairros Campo Limpo e Capão Redondo, na zona sul da capital.
As ações da PM começaram na última semana, quando foram invadidas as favelas de Paraisópolis (zona sul), Funerária (zona norte) e São Remo (zona oeste).
O governo federal propôs auxiliar o estado paulista no “combate ao crime” na favela de Paraisópolis. O modelo de intervenção é o mesmo utilizado nos morros cariocas: as UPP´s (Unidades de Polícia Pacificadora), em que atuam as Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública, PM e tropas de elite.
Porém, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, disse que a medida do governo federal é irrisória e “sem sentido”.
Para a pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Camila Nunes, essa medida não é a solução correta, pois ela não é uma alternativa às políticas públicas de segurança. Ela afirma que “passando o contexto de crise, tudo volta a ser como antes, sem qualquer preocupação do governo (federal ou estadual) de pensar estratégias a médio e longo prazo”.
No mês de outubro, a capital paulista registrou 153 homicídios, segundo dados do Sistema de Informações Criminais (Infocrim). Um crescimento de 86% em relação ao mesmo mês do ano passado.