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Por Jorge Américo
A ocorrência foi registrada em janeiro deste ano. Os menores possuíam comprovante de compra das mercadorias que portavam, mas mesmo assim foram acusados de furto e conduzidos por Marcos Koshimizo Ojeda e Jeferson Alves Domingos até uma sala no fundo da loja.
Os meninos foram obrigados a tirar as roupas para demonstrar que não levavam nada escondido. Um deles foi chamado de “negrinho sujo” e ameaçado com um canivete. Neste caso, o Extra – que pertence ao Grupo Pão de Açúcar – pagou à família uma indenização no valor de R$ 260 mil. A reparação foi negada aos outros dois garotos.
O crime ocorreu na unidade da Marginal Tietê, na Zona Leste da cidade de São Paulo. Em depoimento, um dos seguranças admitiu a existência de uma sala para onde são levados os suspeitos de furto. Marcos Ojeda foi afastado das funções. Jeferson Alves continua trabalhando no local.
Agora cabe ao delegado responsável pelas investigações decidir se os funcionários do Extra serão indiciados. Eles podem responder pelos crimes de cárcere privado, constrangimento ilegal e injúria racial. Os advogados que acompanham o caso também constataram violações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).