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É nesta sexta-feira, das 10h às 14h, que o Sindicato dos Radialistas, junto com os trabalhadores da Cinemateca, irão fazer um protesto ostensivo na porta da empresa, em que denunciam o desmonte da Cinemateca e a insensibilidade em relação aos trabalhadores que trabalham nela.
A situação é crítica, pois não há nenhum sinal de negociação para solucionar os problemas enfrentados pelos trabalhadores da empresa. Segundo o jornal Folha de São Paulo, devido aos impasses em torno da gestão da Cinemateca, nesta quarta feira (15) o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra a União. A reportagem afirma que o MPF pede, em caráter de urgência a renovação do contrato com a Associação de Comunicação Roquete Pinto – ACERP – até o fim de 2020, para gestão e execução doe seu orçamento que é de 12,2 milhões de reais.
Neste desgoverno do Bolsonaro a Cinemateca está sob a direção do Ministério do Turismo quando, na realidade, deveria estar como sempre foi, aos cuidados Ministério da Cultura. No dia 07, deste mês, quando teve início a greve, sem conhecimento dos grevistas e sindicatos, esteve no local o Ministro do Turismo, que viu a movimentação dos trabalhadores, suas faixas de greve e o piquete, mas não teve a dignidade de conversar ou indicar um representante para negociar com os trabalhadores. Saiu depois escondido pela porta do fundo.
O governo encerrou a continuidade de contrato com ACERP, associação que administra a CINEMATECA, em dezembro de 2019, mas o atual contrato só vence em março de 2021, desde então o governo não paga o que deve, o que significa aproximadamente R$ 13 milhões, a consequência disso é o atraso no pagamento dos trabalhadores e o não cumprimento de diversos direitos.
A luta dos trabalhadores da Cinemateca Brasileira não se resume apenas aos salários e benefícios, pois o acervo sob a guarda da Cinemateca é um patrimônio cultural valiosíssimo e que está sob risco de abandono.