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Admitido ao quadro funcional da Globo em 2006, mas trabalhando na área em uma afiliada desde 1988, Silva tem uma trajetória profissional invejável na televisão. É profissional desde 1988 com passagens pela RBS/Santa Cruz, RBS/Porto Alegre, Globo/Projac/RJ e Globo/SP.
Ibanes Silva desenvolveu seu profissionalismo em diversos programas das afiliadas e da Rede Globo. Programas que vão de comédias, shows de auditório, teledramaturgia aos jornalísiticos, em que recebeu prêmios. Toda essa passagem lhe moldou como um profissional premiado, mas teve um custo. Sua coluna esteve aguentando equipamentos pesados por longo tempo e as dores apareceram, até que um acidente com a grua lhe pegou de vez. Nada disso foi considerado quando de sua demissão em 18 de agosto de 2020.
Ao procurar o Sindicato dos Radialistas, Ibanes recebeu acolhida, teve seu caso estudado, foi orientado para ingressar na Justiça e obrigar a TV Globo se responsabilizar por seu trabalhador lesionado no local de trabalho. Por isso, teve de recebê-lo de volta. No dia de sua reintegração, Silva teve o apoio político e moral de um colega de trabalho, que também é dirigente sindical.
A luta de classe, nunca pode ser travada sozinha.
Os trabalhabadores da TV Globo devem ter consciência que a fase de lua de mel com a empresa termina quando o principal objetivo da emissora deixa de ser sua função social, quando deixa de garantir uma relação profissional e ética com o trabalhador. Que deixa de reconhecer seus direitos e visa apenas o lucro.
O caso da demissão e reintegração do companheiro Ibanes Cezar da Silva não foi o único e nem será o último. Sindicalize-se. Se faça forte, ao fazer seu Sindicato forte.