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Vinicius Mansur de Brasília (DF)
Com a votação da reforma do Código Florestal marcada para esta terça-feira (24), mil e quinhentos militantes de organizações da sociedade civil marcharam, pela manhã, na Esplanada dos Ministérios. “Somos contrários às mudanças que venham prejudicar a agricultura familiar e camponesa. O relatório do Aldo [Rebelo – PcdoB-SP] é do agronegócio, dos desmatadores do meio ambiente”, disse, de cima do carro de som, Roseli Sousa, dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
Também compunham a marcha a Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), as ONGs Greenpeace, WWF e SOS Clima Terra. Os deputados federais Padre Tom (PT-RO), Ivan Valente (PSOL-SP) e Marcon (PT-RS).
Os integrantes da marcha, ao tentarem entrar no Congresso Nacional, foram barrados pela Polícia do Senado. Entretanto, apoiadores do projeto de Aldo Rebelo forma recebidos desde cedo, com direito a café da manhã, no hall de entrada (Chapelaria) do Congresso. Após a intervenção de alguns deputados, os manifestantes opositores tiveram sua entrada liberada.
A sessão desta terça foi iniciada por volta das 10 horas da manhã e prossegue à tarde. O plenário aguarda a negociação dos líderes. A expectativa é que projeto de Aldo Rebelo que altera o Código Florestal (PL 1876/99) seja votado hoje. Mas há uma disputa na base de governo sobre uma emenda de interesse do PMDB. O Planalto não quer que o partido aliado apresente a emenda 164, que dá aos estados o poder de estabelecer as atividades que possam justificar a regularização de áreas de preservação permanente (APPs) já desmatadas.
Fotos: Vinícius Mansur