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Por Daniele Silveira
Após três dias de debates e construção de uma agenda única, o encontro nacional dos movimentos sociais e entidades que atuam no meio rural foi encerrado com uma marcha em direção ao Palácio do Planalto. A atividade reuniu cerca de 10 mil pessoas na última quarta-feira (23). Os manifestantes celebraram os 51 anos do 1º Congresso Camponês do Brasil, realizado na cidade de Belo Horizonte (MG).
Participaram do encontro, na cidade de Brasília (DF), organizações de todo o país ligadas ao campo, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Via Campesina, Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Além de movimentos quilombolas e indígenas.
A vice-presidente da Contag, Alessandra Lunas, ressalta a unificação dos povos como umas das principais conquistas do encontro.
“Essa grande vitória da gente ter uma unidade dos movimentos, isso é muito forte. É assim que temos visto, as grandes empresas têm se juntado, fazendo fusões para dar conta do comando de mercado de todo o processo deles, e era muito preocupante os movimentos estarem divididos em várias frentes.”
Lunas faz ainda uma análise da “Declaração Final do Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras, e Povos do Campo, das Águas e da Floresta.”
O centro dela, é a reforma agrária integral. Porque não basta o acesso a terra, ele precisa estar em conjunto com várias políticas públicas que o fortaleçam e, principalmente, que a gente possa desafiar esse combate a pobreza que o governo tanto fala.”
O documento também destaca outras questões como a importância da agricultura familiar, defesa da agroecologia, combate à violência e impunidade no campo, superação da divisão sexual do trabalho e a democratização dos meios de comunicação.
Durante a manifestação, uma comissão de representantes dos movimentos sociais entregou a Declaração final do encontro ao ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.