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Assembleia aprovou reajuste da General Motors (Foto: Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos de S. José dos Campos)
Os metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos (SP), a 95 quilômetros da capital, aprovaram em assembleia nesta segunda-feira (12) a proposta de reajuste de 10,8%, com aumento real de 3,2% mais a inflação, retroativo a 1º de setembro. Eles também conquistaram R$ 3 mil de abono, além da ampliação das cláusulas sociais, como licença maternidade de 180 dias para mães adotantes e reajuste do auxílio-creche.
Os trabalhadores da unidade realizaram paralisação por 24 horas no último dia 6, em mobilização pela melhoria das propostas anteriormente apresentadas pela montadora (9,4% para novembro e R$ 2 mil de abono). O reajuste aprovado será aplicado aos salários até R$ 7.700. Acima desta faixa, será pago um valor fixo de R$ 816,74. O piso dos iniciantes passa de R$ 1.423 para R$ 1.574,12, a partir deste mês.
“Apesar de todo discurso dos empresários e do governo federal para que não houvesse aumento real de salário, os metalúrgicos não se intimidaram, foram pra cima e conseguiram garantir seus direitos”, pontuou Vivaldo Moreira Araújo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Segundo a secretaria-geral da organização, as mesmas reivindicações aprovadas serão estendidas aos metalúrgicos de outros setores, como autopeças e eletroeletrônicos.
Representantes do sindicato e da montadora continuam agora em discussão sobre a eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho. “Para conquistar delegados sindicais na GM os trabalhadores enfrentarão uma nova batalha”, disse Vivaldo Moreira Araújo.
Sem acordo
Em Caçapava, também interior de São Paulo, os trabalhadores da Bundy e Hubner recusaram a proposta de 8,5% e iniciaram greve de 24 horas. Outras fábricas tiveram atraso na entrada da produção. Os metalúrgicos da Emerson, em Jacareí, também realizaram paralisação por participação de lucros e resultados (PLR).