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O Sindicato dos Metroviários de São Paulo intensificou a distribuição de panfletos nas estações do metrô informando sobre a greve marcada para quarta-feira (23), caso até lá a empresa não faça nenhuma proposta salarial. A categoria, com data-base em 1º de maio, reivindica 5,13% de reposição salarial, 14,99% de aumento real, 23,44% de reajuste para o vale-refeição e vale-alimentação de R$ 280,45. A última proposta feita pelo Metrô, prevendo reajuste de 4,15% (IPC-Fipe) e 0,5% de aumento real, foi rejeitada em assembleia na última quarta-feira.
De acordo com o presidente do sindicato, Altino de Mello Prazeres, as negociações com a empresa estão paradas. “Até o momento, nada novo. Continuamos esperando uma posição”, disse. Amanhã, às 14h30, haverá audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região para tentar um último acordo antes que o sindicato leve a discussão para assembleia, às 18h30. Os sindicalistas irão propor a liberação das catracas em uma eventual decisão do tribunal de manutenção de 100% da frota em circulação, mesmo em greve.
“Vamos colocar esta condição de trabalharmos, mas liberando as catracas para não prejudicar a população. O Metrô tem adotado uma postura intransigente e não queremos atrapalhar o passageiro”, disse o dirigente. Durante a campanha salarial do ano passado, a Justiça acatou pedido do Metrô de que os trens circulassem com todo o seu efetivo em horário de pico (5h às 10h e 16h às 20h) sob pena de multa em caso de descumprimento. A decisão judicial, segundo os metroviários, enfraqueceu o movimento.