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As discussões em torno desse problema reuniram 1,5 mil pessoas na III Jornada da Moradia Digna, realizada na capital, no último final de semana.
Os megaprojetos em São Paulo incluem a Operação Urbana Águas Espraiadas; as obras do Rodoanel; o projeto Nova Luz; e a construção do Parque Várzeas do Tietê – que será o maior parque linear do mundo. A defensora pública Anaí Arantes Rodrigues, alerta para a necessidade de se tomar cuidados indispensáveis nos casos em que a remoção for inevitável.
“Quando for necessária a remoção, que seja feita da melhor forma possível, com a participação da população. Em primeiro lugar, que não seja uma coisa imposta, que eles participem do processo e decidam juntos para onde vão. E aí, que sejam removidas para lugares próximos, para manter os laços da comunidade e a proximidade das pessoas que trabalham por ali.”
O trecho norte do Rodoanel, último a ser construído, custará R$ 5 bilhões e terá 44 quilômetros de extensão. Além de avançar sobra as reservas naturais da Serra da Cantareira, vai desapropriar quase três mil famílias. Anaí lembra que os impactos são sentidos tanto para as pessoas removidas, quanto por aquelas que permanecerão no entorno da obra.
“Mesmo para quem fica, às vezes você corta a cidade no meio. Por exemplo, tem uma escola de um lado, a pessoa mora no outro e tem uma estrada no meio. Então é gerada uma nova forma de configuração da cidade e você tem que agir de forma a reduzir o impacto.”
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.