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Por Vivian Fernandes
Mais de 300 mil operários do setor de infraestrutura e da construção realizaram greves no primeiro semestre deste ano. Houve mobilizações grevistas em 20 dos 27 estados do país. Somado a isso, neste mês de agosto, cerca de 51 mil trabalhadores paralisaram. O balanço foi divulgado pela Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Fenatracop).
As greves se concentram nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), nas áreas de construção, montagem industrial e óleo e gás. A maioria nas regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste do Brasil. Os pisos salariais dessas regiões são cerca de 30% menores que os do Centro-Sul, assim como as médias dos demais salários e benefícios.
Uma das greves ocorreu em Pernambuco, na Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras. A paralisação teve início em 1º de agosto e após 20 dias foi encerrada por uma ordem judicial. Na volta ao trabalho, centenas de operários que aderiram à greve foram demitidos por justa causa.
Os sindicatos ligados à categoria divergem quanto ao número de demitidos, que varia de 500 a 1 mil operários, de um total de 44 mil que atualmente trabalham no local.