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23/02/2013 – 12h24
Líder do PMDB na Câmara defende Chalita de suspeitas
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Líder do PMDB na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (RJ) saiu em defesa neste sábado (23) do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), que é alvo de 11 inquéritos no Ministério Público de São Paulo por suspeita de corrupção, enriquecimento ilícito e superfaturamento de contratos públicos. Cunha disse que acredita “em qualquer circunstância” na conduta ética de Chalita.
Segundo o líder, o PMDB vai manter a indicação do parlamentar para a presidência da Comissão de Educação da Câmara. As denúncias contra o deputado se referem ao período em que ele ocupou a Secretaria de Educação de São Paulo, entre 2002 e 2006.
“O PMDB o indicará para a presidência da comissão. Em qualquer circunstância, acredito na ética do Chalita”, afirmou.
A definição das presidências das comissões da Câmara deve sair nesta semana. Se o PMDB não ficar com o comando da Comissão de Educação, Cunha disse que indicará Chalita para “aquela que seja designada ao partido”. “A comissão que o partido pegar será dele”, disse.
Segundo reportagem publicada hoje pela Folha, as investigações do Ministério Público partem de depoimentos de um analista de sistemas que diz ter sido assessor informal de Chalita na época em que ele foi secretário estadual de educação.
O analista, Roberto Leandro Grobman, 41, trabalhou durante anos com o grupo educacional COC e diz ter sido indicado para se aproximar de Chalita para prospectar negócios para o grupo. Segundo ele, o COC pagou despesas com a locação de aviões e helicópteros, viagens, presentes e uma reforma feita num apartamento de Chalita em Higienópolis, na zona central de São Paulo.
O grupo também comprou milhares de livros escritos por Chalita e computadores para a emissora de televisão da Canção Nova, grupo católico ao qual o deputado é ligado.
Em nota à Folha, Chalita negou todas as acusações e afirmou que o objetivo de Grobman é atingir sua imagem.
Seu advogado, Alexandre Moraes, pediu ao Ministério Público Estadual que arquive os inquéritos argumentando que Grobman não apresentou provas que sustentem suas acusações.
O promotor Nadir de Campos Jr., que conduz dois dos 11 inquéritos, discorda do pedido: “Foi relatada uma história que parece ter começo, meio e fim. É minha obrigação funcional investigar”.
O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo examinará a possibilidade de arquivar um dos inquéritos na próxima terça-feira.
íntegra no site: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1235724-lider-do-pmdb-na-camara-sai-em-defesa-de-chalita.shtml