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Por Jorge Américo
O Estado de Israel expulsou 248 mil palestinos de Gaza e da Cisjordânia entre os anos de 1967 e 1993. Esse período corresponde ao intervalo entre a ocupação dos territórios e a assinatura dos acordos de paz de Oslo. Além disso, outros 14 mil palestinos residentes em Jerusalém Oriental perderam suas permissões de residência israelenses.
Segundo reportagem publicada pelo Opera Mundi, as informações foram liberadas para a ONG Hamoked (Centro para a Defesa do Indivíduo), após determinação judicial.
Os documentos consultados revelam que, em Gaza, os palestinos tiveram a permissão de residência retirada pelas autoridades militares por estarem fora do território durante mais de sete anos, ou por não estarem presentes durante o censo realizado em duas ocasiões.
Na Cisjordânia, moradores que se ausentaram por mais de três anos perderam esse direito. Estudantes e trabalhadores que viajaram ao exterior foram alguns dos prejudicados.
No início do ano, a Relatora Especial da ONU sobre o Direito à Moradia Adequada, Raquel Rolnik, denunciou que a política habitacional de Israel representa uma ameaça ao direito à moradia para palestinos e árabes israelenses que vivem na região ocupada por militares.