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Há 10 anos nosso companheiro, e diretor do Sindicato dos Radialistas, Antonio Carlos de Colla foi assassinado. Toninho, como era chamado carinhosamente por todos, deixou muitas saudades. Durante todos esse anos de sua dolorida ausência nos perguntamos: OS ASSASSINOS DE NOSSO COMPANHEIRO FICARÃO IMPUNES? E a resposta parece ser “SIM”. Estamos diante de mais um caso de impunidade, de descaso, de preconceito.
Toninho tinha apenas 26 anos quando foi assassinado, na madrugada do dia 16 de setembro de 2001, em uma praça no bairro do Limão, Zona Norte da cidade. Sua cor: negro. Seu crime: ser negro…
Ser negro nesse país foi, e ainda é, uma sentença de preconceito… E muitas vezes, como no caso do companheiro Toninho, UMA SENTENÇA DE MORTE! Quantos Toninhos já perdemos ao longo desses 10 anos? Quantas vítimas de preconceito e de descaso ainda haverão de sucumbir?
Com seu jeito criança e brincalhão Toninho era um estímulo para todos que tiveram o prazer de usufruir de seu convívio. Com seu riso fácil, seu bom humor contagiava a todos. Incansável militante, durante os difíceis momentos de luta por melhores condições para todos os trabalhadores, Toninho nos dava esperança e ânimo de continuarmos na luta. Na luta por uma sociedade melhor, mais justa para todos, e não apenas para alguns… para uns poucos privilegiados.
Toninho foi mais uma vítima da violência e do caos social. Toninho foi mais uma vítima desse sistema econômico perverso, que instala a violência, a exclusão, e o caos. Exigimos o esclarecimento de seu assassinato, para que nosso coração possa encontrar paz. Exigimos a punição exemplar dos culpados, para que nosso coração possa encontrar paz.
Morreu um companheiro… um amigo…. um militante! Morreu Antonio Carlos de Colla, mas não morreu sua luta, não morreu seus ideais… Nós, amigos e companheiros de Toninho continuamos a erguer suas bandeiras. Antonio Carlos de Colla. Presente. Hoje e sempre!