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Por Vivian Fernandes
Os trabalhadores em educação da rede pública realizam uma greve nacional. O movimento começou na quarta-feira (14) e vai até a sexta-feira (16). Serão realizadas mobilizações com debates e atos públicos em diversas cidades do país. Os professores e funcionários reivindicam a aplicação do piso salarial da categoria, o desenvolvimento da carreira e o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.
Escolas estaduais e municipais de 23 estados e do Distrito Federal paralisaram suas atividades no primeiro dia de protesto.
A Lei Nacional do Piso do Magistério, criada em 2008, determina um valor mínimo que deve ser pago aos trabalhadores do ensino. Em 2012, o valor é R$ 1.451 para nível médio e jornada de 40h semanais.
Segundo o secretário de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), e professor de Pernambuco, Heleno Araújo, 18 estados ainda não cumprem a lei.
“Quando pensamos em vencimento base, que entram os dezoito estados que não cumprem a Lei do Piso, nós temos como situações críticas as do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, que têm vencimento base muito baixo e que só conseguem alcançar o valor do piso quando se juntam as gratificações que são pagas hoje, e isso não está de acordo com a Lei do Piso”.
O piso em Minas Gerais é de R$ 369 para 24h semanais, e no Rio Grande do Sul de R$ 395 para 20h.
Mesmo nos estados onde a lei é aplicada, há mobilizações pela valorização profissional e mais investimentos no ensino.
A CNTE representa mais de 2,5 milhões de professores, especialistas e funcionários do ensino. Dentro dos 44 sindicatos filiados, há quase um milhão de associados.