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Alarcón lembrou que Caroline Heck-Miller, a promotora que julgou os Cinco em Miami, se negou a apresentar acusações por terrorismo contra Posada Carriles, o que, disse, “do ponto de vista legal, é uma confirmação absoluta da atitude dolosa e da prevaricação da promotoria neste caso”.
Acrescentou que uma funcionária do Departamento de Segurança da pátria estadunidense, sob juramento, disse que ela tinha pedido a Caroline que julgasse Posada Carriles por suas atividades criminosas e esta se negou.
“O espantoso, frisou Alarcón, é que a declaração dessa funcionária foi anunciada na terça-feira, 18 de janeiro, e, nesse mesmo dia, a senhora Miller solicitou mais tempo para sua resposta ao pedido de habeas corpus a favor de Gerardo Hernández Nordelo (um dos cinco cubanos)”.
“O que foi visto até agora (no julgamento em El Paso) é um teatro barato”. Ele sublinhou que Posada Carriles desfruta da proteção oficial do governo dentro dos EUA, sob a condição de ilegal, em um país onde há 14 milhões de ilegais, aos quais expulsam aos pontapés, sem julgamento.
Acerca do pedido de habeas corpus apresentada no caso de Gerardo, explicou que se espera a resposta para meados de fevereiro, depois seria a réplica dos defensores e, posteriormente, decidiria a juíza Joan Lenard.
“Só um júri de milhões resolverá a situação de Gerardo” – afirmou Alarcón – “mas para isso é preciso que a mídia multiplique mensagens verídicas, e ela é controlada absolutamente nos EUA. Por isso, se torna necessário continuar martelando para que se saiba a verdade por parte dos norte-americanos”.
“Gerardo Hernández é um Herói da República de Cuba, e o governo de Cuba fará tudo para salvá-lo”, enfatizou o presidente do Parlamento, que afirmou que “o terrorismo impune, mostrado escandalosamente à luz do dia, nem sempre se poderá ocultar”. E reafirmou sua convicção de que algum dia, não longínquo, a verdade virá à tona.
Fonte: Granma