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Foto A Tarde
Por Izabela Vasconcelos
O Goiás divulgou uma nota, na tarde desta quinta-feira (22/07), em que afirma que as agressões do técnico Emerson Leão e de três jogadores da equipe contra o radialista Roque Santos foram motivadas pelo próprio repórter. A confusão aconteceu na noite de ontem, após o jogo contra o Vitória, em Salvador.
No entanto, o clube lamentou o ocorrido e disse que nada justifica a violência. “Entendermos que as atitudes ocorridas foram reações as agressões inicialmente sofridas pelos atletas e comissão técnica. Entretanto, tais fatos não justificam a violência”. Amanhã o clube irá se pronunciar novamente sobre o caso em uma coletiva de imprensa.
Repórter contesta
O radialista nega que tenha começado a agressão, como diz o Goiás. Santos, que trabalha na rádio Metrópole FM, disse que se aproximou de Leão com o microfone para fazer uma pergunta, e que o técnico teria dito para tirar aquela “porcaria” de sua boca. “Eu não sei o que eles entendem por agressão. O papel do jornalista é ouvir e perguntar. Eu disse que só queria fazer uma pergunta, ele colocou o dedo no meu rosto, aí eu empurrei a mão dele com o microfone. Mas ele já tinha xingado muito e eu desliguei o microfone em respeito aos ouvintes”, contou.
Agressão
Após a discussão, a comissão técnica e jogadores do Goiás tiraram Leão do local, mas Rafael Moura correu atrás do radialista e o atingiu com um soco na boca. De acordo com Santos, os jogadores Romerito e Marcão também teriam lhe agredido com chutes.
Como resultado da agressão, o radialista ficou com quatro dentes comprometidos. “Hoje passei no dentista, estou com quatro dentes defeituosos, vou ter que fazer canal ou até mesmo remoção”, lamentou.
Além do jornalista, Leão e os três jogadores passaram por exame de corpo de delito. O delegado titular da 10ª Delegacia (Pau da Lima), Pedro Andrade, aguarda o resultado dos exames para encaminhar o caso ao Juizado Especial Criminal.
Processo
Santos pretende processar o técnico do Goiás e os três jogadores por danos morais. Segundo ele, um homem identificado como supervisor do clube o procurou para esclarecer a confusão e tentar encerrar o caso, mas o radialista insistiu que entrará com uma ação na Justiça.
Na noite desta quinta-feira, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgou uma nota em repúdio a agressão sofrida pelo radialista. “A reação violenta, que impediu o trabalho do comunicador, é extremamente grave e merece plena apuração das autoridades”, declarou