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A entidade afirma que é um “grave erro” a emissora transformar Pimentel em jornalista. Rodrigo Pimentel fez reportagens diretamente do Morro do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, durante quarta e quinta-feira da semana passada (1º e 2/12).
A principal critica do sindicato ao fato do ex-PM trabalhar como repórter, inclusive fazendo entrevistas, é que, de acordo com a instituição, a figura do “policial Pimentel” coloca em risco a segurança dos jornalistas que estiverem na mesma cobertura que ele.
“A figura de um policial com a de repórteres, expõe a riscos ainda maiores os profissionais da imprensa em geral que cobrem a violência na cidade, e não apenas os daquela emissora, tornando-os alvos em potencial de bandidos”, alega a direção do SJPMRJ.
Acordo com a Globo
O sindicato também demonstrou surpresa com a atitude da Globoem deixar um ex-membro do Bope atuar como jornalista. A entidade afirma que a própria emissora tinha demonstrado preocupação com a segurança dos profissionais de comunicação e também com o fato de não misturar o trabalho de jornalista com o de policial.
“Sempre foi uma preocupação separar o ofício do jornalista e o do policial, com a finalidade de garantir a segurança dos profissionais, inclusive já demonstrada pela própria TV Globo, ao realizar com o Sindicato treinamento para cobertura em áreas de risco. Agora, a própria emissora confunde e ultrapassa os limites entre a atuação profissional de um policial com a de jornalistas”, lamenta o sindicato.
Rodrigo Pimentel, ex -capitão do Bope, trabalhou como repórter no Morro do Alemão. (Imagem: TV Globo) |
Repercussão no Twitter
O trabalho de Pimentel como repórter também foi alvo de criticas nas mídias sociais. A reclamação não foi somente por um ex-policial ir campo, pegar o microfone e fazer entrevistas. No Twitter, muitos internautas protestaram pelo tempo que o ex-policial ficou no ar, gravando matérias e entrando ao vivo na programação da TV Globo.
Tanto que no microblog foi criada a campanha “libertem o Rodrigo Pimentel”. O ex-PM ficou mais de 18 horas seguidas trabalhando no Morro do Alemão.
Procurada pela reportagem, a Rede Globo de Televisão afirmou que não irá se pronunciar sobre as críticas do sindicato.