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Família de Gélson Domingos envia reivindicações à Band
Nesta segunda-feira (21/11) a família do repórter cinematográfico Gélson Domingos – morto durante cobertura policial na favela de Antares, no Rio, no início do mês – envia à TV Bandeirantes uma lista com suas reivindicações. O documento será encaminhado pelo advogado da família, Nélio Andrade.
“A Bandeirantes deve custear o estudo do filho dele até a universidade e pagar a faculdade da filha”, diz Andrade, ao citar algumas das reivindicações da família. Gélson Domingos deixou três filhos de seu primeiro casamento: um adolescente de 16 anos e duas jovens, de 20 e 22.
De acordo com o advogado, o repórter cinematográfico auxiliava no pagamento do aluguel de sua primeira esposa e também ajudava com as despesas de seus dois netos. “Por enquanto, a Band vem se mostrando receptiva”, destaca o advogado em relação às reivindicações, que serão enviadas para a sede da emissora em São Paulo.
Por ora, os familiares do jornalista receberam R$ 140 mil, referentes ao seguro da própria empresa.
Segurança
A morte de Gélson Domingos escancarou a falta de segurança aos profissionais de comunicação durante trabalho em áreas de conflito. Gélson era contratado como operador de câmera, mas trabalhava como repórter cinematográfico. Ele também tinha contrato com a TV Brasil, com o mesmo tipo de registro na carteira profissional. Gélson foi morto com um tiro de fuzi, que perfurou a placa do colete à prova de balas que usava. O bandido que fez o disparo até agora não foi identificado pela polícia.
Foi a primeira vez que um jornalista morreu vítima de tiroteio durante o exercício de sua profissão nas favelas cariocas. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro, junto com os sindicatos patronais de Jornais e Revistas e de Rádio e TV e o International News Safety Institute (Insi), vai promover um seminário sobre a segurança em áreas de confiltos no Rio, além de treinamentos aos jornalistas.