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A prática exercida pela CNT e outras emissoras é tida como ilegal para João Brant, membro da ONG Coordenação Executiva da Intervozes, instituição formada por profissionais da comunicação. Ele entende que o espaço para as telecompras “é publicidade comercial e fere a legislação”.
“Há uma série de irregularidades na programação. A legislação determina que o limite máximo de publicidade é de 25% da programação”, afirma Brant.
Em relação ao espaço dado para programas religiosos, o membro da organização não governamental também criticou a situação. De acordo com Brant, não existe diversidade de crenças da TV.”O problema maior é o proselitismo religioso. Tem que haver respeito à liberdade de crença. Há espaços dedicados na TV para apenas uma religião. E ainda há ataques a outras crenças”, diz.
Os dois lados
O levantamento da Ancine as emissoras que dedicam mais tempo de sua programação para vendas e religião são CNT, 64,1%; Gazeta, com 58,8%; Rede TV, 38,6%; Band, 28%; e a Record, com 21,5% de sua grade sendo formada por esses tipos de programa.
Em contrapartida, segundo a Ancine, os canais televisivos que detêm menor espaço para essas duas atrações são o SBT (não possui essa programação em sua grade); Cultura e Globo, com 0,6% cada; e a TV Brasil, com 1,8%.
*com informações de O Globo.