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Em entrevista coletiva, Zamora destacou que os prejuízos causados ao governo cubano em razão do bloqueio somavam cerca de US$ 751,3 bilhões até dezembro do ano passado. As restrições foram impostas em 1962 e já duram quase 50 anos. Para o embaixador cubano, trata-se de uma política “atrasada e obsoleta”.
Caso a maioria dos países membros da ONU decida pelo fim do bloqueio, o encontro de amanhã será a 19ª assembleia consecutiva a se manifestar favorável à decisão. No ano passado, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, condenou o bloqueio norte-americano.
“Tenho que demonstrar o reconhecimento de nosso país ao posicionamento tradicional do Brasil. Foi o primeiro país a interferir. Esperamos que, amanhã, como o Brasil, um bom número de países se manifeste”, afirmou Zamora.
Segundo o embaixador, a maioria dos próprios cidadãos norte-americanos (61%) é favorável à abertura de viagens entre os Estados Unidos e Cuba e 50% quer o fim do bloqueio. No entanto, disse Zamora, a administração do presidente Barack Obama tem se apresentado como mera continuação do governo anterior.
“Para nós, o bloqueio deve ser suspenso de forma unilateral e imediata. [Foi] um bloqueio feito por vontade própria e por força [dos Estados Unidos] e constitui o principal obstáculo para o desenvolvimento eocnômico e social de Cuba”, disse. “É iconcebível que dois países vizinhos [Cuba e Estados Unidos] não possam ter relações econômicas, comerciais e culturais”, concluiu.
Sob bloqueio norte-americano desde a década de 60, Cuba se esforça para evitar o agravamento da crise no país ao anunciar a abertura do mercado de trabalho, a demissão de cerca de 500 mil funcionários públicos e a aproximação da União Europeia. O bloqueio envolve restrições econômicas, financeiras, políticas e diplomáticas.
Com informações da Agência Brasil