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Foto Ronaldo Werneck Nível de insatisfação era grande na assembleia em relação as propostas apresentadas pelos patrões para fechar a Convenção Coletiva da Categoria
Trabalhadores do interior, do litoral e da capital paulista participaram das assembleias convocadas pela diretoria do Sindicato dos Radialistas para dar uma resposta à proposta patronal, enviada ao Sindicato, em resposta as reivindicações da categoria.
Proposta dos patrões
A proposta patronal à Campanha Salarial de 2019 consiste, basicamente, em extinguir com o quinquênio na categoria, que é uma forma de valorizar o trabalhador que se dedica mais tempo de trabalho na empresa que trabalha, criar o banco de horas, acabando com as horas extras contratuais e demais, obrigando os trabalhadores a trabalharem, sem remuneração, por troca de folgas, com isso levando a demissão em massa na categoria, enterrar a possibilidade de negociação futura em torno de uma data base. Marco legal de negociação entre patrões e trabalhadores, para discutir problemas e soluções relacionadas a remuneração, a benefícios e ao desenvolvimento do trabalho nas empresas. Dessa a forma, não haveria possibilidade de negociações numa data específica, ficando a “deus dará” qualquer possibilidade de chamar os patrões para negociarem. É o pior dos mundos para os trabalhadores, pois é o que a categoria estava vivendo há pouco tempo. Com a pauta entregue no no final de feverereiro, os patrões nem deram satisfação nas semanas e meses que se completaram, só retornando a responder a pauta de reivindicação do Sindicato, somente no último dia (30 de abril) da data base. Imaginem isso piorado a partir da assinatura de uma convenção, que só interessa aos patrões.
Desejo dos patrões
Os patrões não dão ponto sem nó. Só para terem uma ideia, a convenção coletiva de trabalho de 2018 nem querem mais discutir. Reajustes por conta das perdas salariais já tem destino certo; bolso dos patrões. De forma articulada entre governo/congresso é introduzir os trabalhadores num processo de escravidão. Além das mudanças ocorridas na legislação, o próximo passo, caso não haja mobilização na categoria será perder as cláusulas da última convenção, como hora extra 100 % quinquênio estabilidades, auxilio creche tornando a vida dos radialistas pior do que já está.
Foto Ronaldo Werneck Categoria em peso votou no estado de greve e na possibilidade de fechar acordos coletivos por empresa
Diante do descaso, descompromisso com os trabalhadores e desprezo pelo trabalho executado com profissionalismo pelos trabalhadores, em assembleia a decisão foi unanime em dizer não a proposta patronal e aprovarem um aviso; o estado de greve na categoria, que no andar da carruagem, se não houver mudança na postura patronal em relação as propostas apresentadas, os trabalhadores podem parar. Também foi aprovado que o Sindicato dos Radialistas protocole nas grandes empresas a possibilidade de fechar acordos individuais com as empresas de Radiodifusão e Televisão a no estado de São Paulo. Na verdade consolidar, legalmente, o que tem ocorrido com algumas empresas, na prática; A manutenção da convenção coletiva, o reajuste e antecipação salarial, que vem sendo concedidos em diversas empresas no estado.