Compartilhe
Aline Scarso,
Da redação
Da redação
Professores da rede estadual de Minas Gerais realizam nesta quarta-feira (31) uma assembléia em frente à Assembleia Legislativa de Belo Horizonte (MG) para avaliarem se mantêm a greve por melhores salários, iniciada em 8 de junho. Em reunião intermediada pelo Ministério Público durante esta manhã, o governo propôs elevar para R$ 712,20 o salário de professores com vencimento básico abaixo desse valor.
Os professores reivindicam que o governo pague o Piso Profissional Nacional garantido pela Lei Federal 11.738 no valor de R$1.187 para uma jornada de 40 horas semanais. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), o governo de Minas Gerais paga R$ 389 para professores com o nível médio.
Para a Secretaria de Estado de Educação, o valor de R$ 712,20 é referente a uma jornada de 24 horas e, portanto, atende à Lei federal que prevê proporcionalidade entre salário e horas de trabalho para a aplicação do piso.
De acordo com a assessoria de imprensa do Sind-UTE, a atual proposta do governo desconsidera o tempo de carreira e o nível de graduação do docente. À imprensa, a coordenadora-geral do sindicato, Beatriz Cerqueira, disse que a proposta achata o salário da categoria.
A reunião com Ministério Público teve a participação de representantes dos professores, do procurador-geral de Justiça de Minas, Alceu Torres Marques, do secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro, da secretária de Planejamento, Renata Vilhena e da secretária de Educação Ana Lúcia Gazzolla.
Na última terça-feira (30), professores contratados para ministrar aulas até o dia 31 de dezembro de 2011 foram convocados pela Secretaria de Estado de Educação a retornarem às salas aulas. Segundo o órgão, “o não comparecimento do servidor que se encontre nessa situação constitui falta injustificada”.
Protesto termina com prisão de professor
Estudantes do ensino público do estado têm realizado atos de apoio à greve dos professores. Na manhã da terça-feira, uma manifestação estudantil em Juiz de Fora acabou na prisão do professor e membro do comando de greve, André Nogueira. Ele foi agredido por policiais depois que tentou impedir um agente de trânsito em uma moto furasse o bloqueio de ativistas ao cruzamento das ruas Halfeld e Rio Branco.
André foi agarrado por um dos policiais e jogado ao chão, onde foi algemado. A situação foi gravada por uma câmera de celular (veja abaixo). Depois de chegar à delegacia, foi liberado. Segundo o major Renato Preste, subcomandante do 2º Batalhão de Juiz de Fora, não houve excesso da força policial contra o professor.