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A análise de conjuntura do encontro foi abalizado por uma conclusão clara, o problema que vivemos é de fato a forma de organização da nossa sociedade, o sistema capitalista. Isso se mostrou no processo de crise que se iniciou em 2008, como ressaltou Sérgio Ipoldo, Intersindical “O estado, durante a crise, injetou bilhões de dólares em empresas privadas e nos bancos, então o prejuízo deles, agora foi transformado em dívida pública. As empresas nunca tiveram tanto lucro, superaram seus problemas, e quem foi realmente prejudicado, foi o trabalhador, por que houve arrocho salarial, demissões em massa, reduções de direitos nesse processo de crise. ”
José Marcos, da FITERT, enfatizou a contradição das empresas e bancos, que foram ajudados pelos governos para não ficarem com prejuízos financeiros. “O que os bancos produzem? Se a gente for se atentar, eles só produzem trabalhadores doentes, que tem que sempre correr atrás de superar metas, vivem com medo da violência que podem sofrer.”
Além disso, José Marcos lembrou o contexto em que o Sindicato dos Radialistas do SP estava nos recentes processos de mobilizações. “Durante esse momento das grandes mobilizações, o Sindicato estava em processo de negociação da campanha salarial. E as mobilizações refletiram nas grandes conquistas que tivemos.”
Diversos participantes, trabalhadores do interior, relataram como estão vendo a luta do sindicato nos seus locais de trabalho e nos locais onde vivem. E mostraram disposição em ser a favor de que as mobilizações de ruas continuem.
Essas mobilizações, que vem mudando a realidade do nosso país, que foi avaliado como muito positivo para nossa categoria, foi uma ação principalmente da juventude organizada e pelo movimento estudantil. Matheus Nunes , da União Juventude Rebelião (UJR) esclareceu aos participantes como se deu as manifestações e quais eram os objetivos. “O povo foi pra rua, e principalmente a juventude, para lutar por direitos, por tudo aquilo que nossa constituição diz que nós temos direito. E os r$0,20, foi a gota final para essa juventude ir pra rua, cobrar uma situação de vida melhor, como melhor transporte, educação e saúde. E desde o primeiro dia de mobilização contra o aumento, que nós éramos 1000 pessoas na rua só, a gente percebeu que não poderíamos retroceder frente a truculenta violência da polícia, violência essa que indignou a população. ”
Veja a cobertura completa do encontro:
6º encontro dos radialistas do interior: debate sobre o ACE e direitos trabalhistas
Debate sobre democratização de direitos no 6º encontro dos radialistas do interior
Mesa de abertura do 6º encontro ressalta a necessidade de avançar nas lutas