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Por Vivian Fernandes
Devido à baixa remuneração e ao descaso do governo estadual de Antonio Anastasia (PSDB), os trabalhadores da educação mantém a greve, iniciada em 8 de junho. A principal reivindicação é que a lei federal (11.738) que institui o piso salarial nacional em R$ 1.187 seja cumprida pelo governo do estado.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) realiza assembleia nesta quarta-feira (13). A proposta é debater os rumos da greve, como aponta a coordenadora geral do Sindicato, Beatriz Cerqueira.
“Desde que nós iniciamos a greve, o governo não estabelece nenhum processo de negociação conosco. A perspectiva é da continuidade do movimento no segundo semestre. Hoje nós estamos com 50% de adesão ao nosso movimento”.
Beatriz aponta a intransigência do governo de Anastasia com as pautas trabalhistas.
“O problema é que durante seis meses desse ano nós investimos em uma negociação com o estado. Participamos de dezenas de reuniões, que não resultaram em nenhuma modificação da questão salarial. Nós iniciamos a greve e agora o governo faz a birra, dizendo que não conversa conosco enquanto nós estivermos em greve”.
Os servidores da educação e os da saúde – outra categoria em greve em Minas Gerais – realizaram manifestação nesta terça-feira (12) na sede do governo estadual, em Belo Horizonte. No local ocorria a reunião entre diversos sindicatos e a Secretaria de Planejamento. Os sindicatos em greve (Sind-UTE e Sind-Saúde) não foram convidados para o encontro. A manifestação, com mais de mil trabalhadores, foi reprimida pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.