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Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia nesta terça-feira (31), cancelar a greve que estava prevista para a 0h de quarta (1º), após proposta de última hora da Companhia do Metropolitano (Metrô). Os funcionários estavam em campanha salarial por 10,79% de reajuste, mas aceitaram os 8% oferecidos pela empresa. Uma nova assembleia está marcada para esta quinta (2).
A discussão entre os trabalhadores caminhava para se colocar em votação o início da greve. Depois de quase uma hora e meia de reunião, o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres, anunciou que daria prazo de cinco minutos adicionais para que o Metrô apresentasse nova proposta. Sérgio Avelleda, presidente da companhia vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos, enviou por fax uma última oferta, com o reajuste de 8%, pouco acima da apresentada durante o dia (7,7%), que inclui 6,39% referente à variação do IPC-Fipe em 12 meses e pouco mais de 1,5% a título de aumento real.
A proposta foi aceita pelos funcionários que lotaram a quadra da sede do sindicato – segundo a entidade, havia 1.200 pessoas no local. A decisão sobre a greve, porém, mostrou divisão entre os trabalhadores. Boa parte da assembleia defendia a paralisação aos gritos. Assim, o tema foi retirado da pauta, e a possibilidade de greve volta a ser discutida nesta quinta.
Foram garantidas ainda outras cláusulas reivindicadas na campanha salarial, como vale-alimentação de R$ 150 – aumento de 50% –, licença-maternidade de seis meses e a participação nos resultados com elevação de 10%.
Há pontos não contemplados, como aumento real de 13,8% a título de produtividade e a equidade salarial para trabalhadores que desempenham funções iguais. Funcionários contratados mais recentemente têm rendimentos diferentes dos mais antigos.