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Por Vivian Fernandes
Realizar empréstimos bancários pode esconder armadilhas dos próprios bancos sobre os clientes. Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) com os seis maiores bancos do país, foi constatado que os bancos dificultam a contratação do empréstimo, além de incentivar opções mais caras de crédito.
Outras práticas comuns são o não oferecimento de informações suficientes sobre o Custo Efetivo Total e criação de cláusulas abusivas de contrato. A operação de empréstimo pessoal possui juros mais baixos do que o cartão de crédito e o cheque especial.
Para averiguar a prática, pesquisadores do Idec foram até agências bancárias solicitar empréstimos pessoais de R$ 300, a serem pagos em cinco parcelas. No HSBC, Itaú e Caixa Econômica Federal, o atendente sugeriu o cheque especial – a opção mais cara. No Itaú, por exemplo, o cheque especial tem juros de 8,89%, quase o dobro dos juros do empréstimo, de 4,5%.
Já o Santander teve o pior desempenho na contratação de crédito. Nenhum banco obteve avaliação de 100% nesse quesito, que mede oferta de simulação do pagamento, cobrança de tarifa, entrega espontânea do contrato e planilha com custo total.
Com exceção do Banco do Brasil, todas as instituições deram informações incompletas ou incorretas sobre o Custo Efetivo Total do empréstimo.