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Por Vivian Fernandes
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, avalia de forma positiva a greve.
“A categoria sai com uma vitória grande em uma conjuntura que estava colocado que trabalhador nenhum poderia ter aumento real do salário, porque isso faria aumentar a inflação”.
Os bancários garantiram reajuste salarial de 9%, com aumento real de 1,5%. O piso salarial saiu de R$ 1.250 para R$ 1.400 – aumento de 4,3%. Também houve ganho na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Os dias parados não serão descontados, mas haverá reposição.
O lucro dos bancos – R$ 60 bilhões só no primeiro semestre deste ano -, os altos juros e as dificuldades no crédito são criticados pelos bancários. Cordeiro diz que a categoria irá continuar com o pedido de revisão do sistema bancário.
“Essa ideia que está surgindo, assim como tem nos Estados Unidos esse movimento de ocupar Wall Street e esse movimento que nós estamos fazendo aqui de dialogar sobre outro sistema financeiro, isso pode ser fundamental e foi fundamental para nós termos o apoio de toda a sociedade para nossa greve”.
Esta foi a maior greve dos bancários dos últimos 20 anos. Mais de 42 mil trabalhadores e 9.200 agências, ou seja, aproximadamente a metade das agências no país, paralisaram.