Compartilhe
Neste último dia nove, aconteceu na sede do Sindicato a Assembleia de abertura da Campanha Salarial 2013/2014. Estiveram presentes dezenas de trabalhadores e trabalhadoras de diversas regiões do estado.
A pauta de reivindicações aprovada conta com mais de 60 pontos a serem discutidos, dentre os principais estão: Rejuste salarial, Aumento Real e Piso Salarial unificado para todo o estado de São Paulo.
A proposta do piso unificado no estado vai ao encontro da bandeira defendida pela FITERT de estabelecer um piso nacional para a categoria. Essa discussão já está em andamento na Câmara dos Deputados. Um projeto de lei, enviado pelo deputado federal André Moura (PSC-SE), que visa regulamentar o piso nacional dos radialistas foi apresentado no ano passado. O valor estabelecido de R$ 2.488,00, equivale ao salário mínimo calculado pelo DIEESE para o ano que o projeto entrou em tramitação.
Para a radialista Camila Fernandes, da cidade de Bauru, a proposta do piso é muito justa, no entanto, ela acredita que as emissoras farão de tudo para isso não acontecer, principalmente no interior do estado, onde hoje os salários encontram-se bem abaixo disso.
Na sequência da abertura da Campanha Salarial, realizou-se a Assembleia orçamentária, onde foi apresentada a prestação de contas do ano de 2012 e a previsão de gastos para este ano. O Sindicato dos Radialistas, com isso, reafirma sua política de total transparência na sua gestão e administração.
Uma das questões apresentadas foi a restituição do imposto sindical aos associados. Este imposto equivale a um dia de trabalho de todos os trabalhadores com carteira assinada, ele é descontado obrigatoriamente. Parte deste recurso é direcionado ao Sindicato, que se comprometeu a devolver o valor realizando descontos nas mensalidades de seus associados.
Campanha salarial 2012
A categoria inicia sua Campanha Salarial deste ano ainda sem a solução da campanha do ano passado, isso porque , desde agosto de 2012 o processo judicial sobre o dissídio 2012 encontra-se parado no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), e ainda não há previsão de julgamento.
Na semana que antecedeu a Assembleia a bancada patronal chamou uma reunião, no entanto, mais uma vez nada foi resolvido. A intransigência dos patrões novamente barrou a negociação de caminhar para a solução.
Um dos temas mais discutidos pela Assembleia neste caso, foi a falta de mobilização dos trabalhadores. A pouca mobilização é que ainda retarda as conquistas das reivindicações, só com organização da categoria é que o trabalhador se mostra forte.