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Mais de 600 médicos caminharam pelas ruas do centro de São Paulo protestando contra as operadoras de saúde (Foto: Thais Ribeiro/Simesp)
Após a paralisação de atendimento de pacientes de convênios e planos de saúde, os médicos não descartam um descredenciamento coletivo, se não houver avanços na negociação com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulador dos planos de saúde. A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) não informa quantos dos 160 mil profissionais do sistema poderiam aderir à greve, nem o número que poderia se desvincular de planos de saúde. A entidade frisa ainda que se trata de um último recurso, caso a negociação não avance.
Nesta quinta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, houve protestos pelo Brasil e uma paralisação de 24 horas do atendimento de pacientes de planos e seguros de saúde. Segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), somente as consultas e cirurgias eletivas foram canceladas, os casos de urgência estão sendo atendidos normalmente. Não há ainda dados sobre a suspensão dos serviços.
De acordo com o Simesp, as negociações tem que se iniciar em até 60 dias. As primeiras medidas tomadas depois desse paralisações mais longas medidas como ações no Judiciário (para cumprimento dos contratos), órgãos fiscalizadores, Ministério do Trabalho, Ministério Público Federal e estaduais e, por último, o descredenciamento setorizado ou universal dos médicos de alguns ou de todos os planos de saúde. O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, garantiu que mesmo diante desse quadro “sempre os interesses da população serão devidamente respeitados”.
A paralisação foi organizada pela Fenam juntamente com a Associação Médica Brasileira (AMB), e o Conselho Federal de Medicina (CFM). A mobilização dedicou-se a conscientizar a população sobre a importância da autonomia profissional dos médicos ante operadoras de saúde, além de reivindicar aumento dos honorários.
De acordo com a Fenam, já há reuniões marcadas com a ANS e um procurador do trabalho para discutir as reivindicações. Até o final de abril, a Fenam e os sindicatos pretendem reunir-se para avaliar a paralisação desta quinta e os novos rumos do movimento.