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Por Bianca Costa
Conforme João Paulo da Silva, a luta e posterior conquista da terra em Charqueadas começou ainda em abril, quando os camponeses ocuparam a Fazenda Palermo, em São Borja e realizaram uma marcha até a Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul, região Norte. Ele diz que as mobilizações mostram que a luta pela terra está viva.
“Essa conquista foi importante para isso, para mostrar que a luta pela terra não morreu. Apesar da mídia burguesa colocar que o MST acabou, que a luta pela terra acabou e que o agronegócio é vitorioso, eu acho que não é assim. Pois se há exploração, se há concentração de terra há sem-terra e se há sem-terra, com certeza há luta pela terra”.
João afirma ainda, que caso o governo não cumpra a promessa de apresentar outra área em dez dias, os trabalhadores irão retomar as lutas no estado.
No dia 26 de setembro, famílias sem-terra e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam áreas em três cidades do Rio Grande do Sul: Viamão, Vacaria e Sananduva. As ocupações tinham o objetivo de pressionar os governos estadual e federal a cumprirem um acordo firmado em abril de 2011 de assentar mil famílias até o final deste ano.