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A decisão da greve foi tomada em assembleia e por tempo indeterminado (Foto: Agnaldo Azevedo/ SEEB Distrito Federal)
A greve foi iniciada na sexta-feira (27) e, cumprindo a legislação, os postos de atendimento não podem abrir até que a segurança seja garantida, após a volta ao trabalho. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) endossa a orientação e o Sindicato dos Bancários do Distrito Federal promete percorrer agências para verificar o cumprimento da medida.
A decisão de iniciar a paralisação foi tomada em assembleia com a presença de oito mil vigilantes na quinta-feira (26), na Praça do Cebolão, em frente ao edifício Sede I do Banco do Brasil, no Setor Bancário Sul. A greve é por tempo indeterminado.
Uma reunião entre o Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF) e a representação das empresas de segurança terceirizadas está marcada para às 15h, no Ministério Público do Trabalho. Se um acordo for alcançado, será necessária a aprovação em assembleia de trabalhadores.
O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT), no Distrito Federal, decidiu que pelo menos 60% dos trabalhadores devem ser mantidos. A decisão foi tomada no sábado (28) a partir de pedido da Procuradoria do Distrito Federal. A juíza Maria Socorro de Souza Lobo, da 7ª Vara do Trabalho, determinou multa de R$ 150 mil por dia de desobediência. O sindicato afirma não ter sido notificado da decisão.
Paulo Quadros, vice-presidente do Sindesv-DF, disse que o sindicato ainda não foi informado oficialmente da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT), no Distrito Federal, que obriga pelo menos 60% dos vigilantes a voltar ao trabalho. Ele afirma que 80% dos 20 mil trabalhadores aderiram à paralisação. Entre as reivindicações estão aumento do tíquete-refeição de R$ 13,5 para R$ 25, reajuste salarial de 15% e adicional por risco de vida.
Órgãos públicos como escolas, hospitais e empresas também ficam fechadas para o atendimento ao público. No caso de hospitais, áreas como maternidade, setor de psiquiatria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) seguem com vigilantes a postos, segundo o sindicato.
Segundo estudo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), em 2011, 49 pessoas morreram assassinadas em assaltos a banco no país. A pesquisa é realizada a partir de dados publicados na imprensa e representa aumento de 113% em relação ao ano anterior.
Com informações da Agência Brasil