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Paralelo às questões trabalhistas, está na pauta de discussão o modelo de concessão que transfere a administração de alguns dos principais aeroportos do país para a iniciativa privada.
No último dia 6, diversos terminais foram alvos de protestos. O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, lembra que a manifestação teve o objetivo de defender o controle estatal do setor aéreo.
“Estamos contra, principalmente, a Infraero ficar como minoritária na parceria. Ela só poderá ter até 49%. A navegação aérea, carga aérea, segurança, operações e o controle tarifário devem ficar na mão do Estado.”
O Sina está empenhado na campanha do Aeroporto Popular. Francisco considera a Infraero importante para impedir o aumento das tarifas de embarque e a consequente fuga de passageiros de menor renda.
“Isso garante uma padronização operacional nos aeroportos. Segundo, podemos evitar um tratamento diferenciado para as classes C e D. Estamos lançando um conceito de Aeroporto Popular, que vai na contramão do ‘aeroshopping’. Eles [iniciativa privada] estão visando muito mais a área comercial dos aeroportos do que a atividade afim.”
A Infraero é responsável pela administração de 67 aeroportos e terminais de carga, onde são feitos 2,6 milhões de pousos e decolagens anualmente. A estatal é vinculada à Secretaria de Aviação Civil e possui quase 37 mil funcionários.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.