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O momento de análise de conjuntura tem o objetivo de levar para a reflexão da situação política, econômica, social e cultural na qual vivemos. Para colaborar nessa tarefa, compuseram a mesa de debate de conjuntura Matheus Nunes da União da Juventude Rebelião (UJR), Mané Melato, Dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região e Zé Antonio, Coordenador da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Rádio, Televisão (FITERT).
A política Nacional foi o grande assunto dessa mesa, Zé Antonio fez um breve resgate das lutas da categoria radialista e contextualizou a situação dessa parcela da classe trabalhadora frente aos projetos do governo Temer, do senado e do congresso. “A Fitert vinha com uma luta histórica para buscar uma aposentadoria especial para os radialistas, pela condições especial de trabalho. Radialistas carrega muito peso, tem uma carga de estresse muito grande e fica exposto a muita adversidade. Com a reforma da previdência sendo aprovada, isso tudo vai ficar ainda mais difícil de ser conquistado e vão destruir ainda mais nossas condições de trabalho, afirmou o coordenador da FITERT.
O dirigente sindical Mané Melato, resgatou o histórico da luta operária em nossa país, destacou que tudo que vamos perder com a reforma trabalhista e a liberação da terceirização são frutos dessa luta, inclusive pontos da Constituinte de 88. Um exemplo foi a redução de jornada de trabalho que ocorreu nesse período, que a partir de agora ficará a cargo dos desmandos dos donos das empresas. Salientou que devemos ficar atentos aos movimentos de trabalhadores de outros países, pois eles influenciam no que ocorre aqui, e vice e versa. “A revolução socialista que ocorreu em 1917 na URSS reverberou aqui, mesmo sem celular, internet, em a resposta a revolução, aconteceu uma grande greve geral aqui no Brasil”, confirmou Melato. Melato deixou claro que a luta dos trabalhadores por mudanças na estrutura de organização da sociedade são, mais que nunca necessárias, e que esse instrumento de luta que temos, que são os sindicatos, não são suas estruturas físicas, mas as pessoas que se mobilizam pela classe trabalhadora.
Matheus Nunes lembrou que devemos deixar claro às pessoas o que queremos com nossas lutas e que os processo eleitorais não são a saída para nossas mazelas políticas., sociais e econômicas, mas são instâncias importantes de enfrentamento ” Essas reformas em curso tem o objetivo de aumentar a taxa de lucros dos empresários e elevar o pagamento de juros aos banqueiros”, afirmou o membros da UJR. Isso explicita de fato a quem os governantes estão a serviço, que é ao empresariado e aos banqueiros. Ao falar da nossa história de luta Matheus rememorou o movimento de resistência em Cuba, 26 de julho, que há 64 anos atrás junto a população do país derrotou uma ditadura militar e instituiu uma democracia popular.
Os congressistas puderam dar suas contribuições. No geral, a ideia de se construir saídas para a precarização da vida da classe trabalhadora esteve presente na maioria das falas, do mesmo modo que o entendimento de que só com organização e união dos trabalhadores é que se construirá essa saída.